[A elegância, a riqueza, a
complexidade e a diversidade dos fenómenos naturais que decorrem de um conjunto
simples de leis universais é parte integrante do que os cientistas querem dizer
quando empregam o termo "beleza"].
- Físico americano.)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estrutura do fruto e da semente

Tema/Teoria: Reprodução nos seres vivos: Reprodução sexuada nas plantas.

Resumo: Os seres vivo podem se reproduzir assexuadamente, em que a fusão de gâmetas não é verificada, ou então sexuadamente, onde os gâmetas se fundem, formando uma estrutura que se designa ovo ou zigoto. As plantas, podem utilizar ambos os modos de reprodução, sendo o segundo um processo mais vantajoso pois concede aos seres uma maior variabilidade genética, sendo esta responsável por uma maior adaptação a uma alteração ao meio ambiente. Assim sendo, no processo de reprodução sexuada nas plantas há a participação de um gâmeta feminino, a oosfera, e de um masculino, designado anterozóide. Os gâmetas são produzidos numa estrutura designada por gametângio, que, no caso dos gâmetas femininos se designa arquegónio, e no caso dos gâmetas masculinos se designa anterídio. As plantas têm um ciclo de vida haplodiplonte, sendo a meiose pré-espórica, ou seja, antecede a formação dos esporos, sendo estes fundamentais para a germinação de uma estrutura, gametófito, onde se formam os gâmetas. O ovo formado da fusão de dois gâmetas é protegido por intermédio de uma estrutura designada por semente, estando esta no interior do policarpo, cuja principal função é de protecção e de nutrição do embrião.

Palavras-chave: Reprodução assexuada; reprodução sexuada; plantas; gâmetas; fecundação; variabilidade genética; esporos; semente; anterozóide; oosfera; gametófito; esporófito; fruto.

Observações: Foram observadas e analisadas duas estruturas pertencentes exclusivamente a plantas angiospérmicas, ou seja, plantas que para protecção da semente, desenvolvem uma estrutura designada por fruto. Assim, observou-se um fruto e uma semente, que, embora pertencentes a plantas diferentes, desempenham uma função semelhante e indispensável à reprodução destes seres. Observou-se portanto um fruto, o fruto da macieira, ou seja, a maçã, onde foi efectuado um corte longitudinal de modo a ser possível observar a semente e toda a estrutura interna sua protectora.

O esquema de montagem será apresentado seguidamente.

Posteriormente, e depois de os feijões demolharem algum tempo, de modo a ficarem mais flácidos para uma melhor visualização, foi possível proceder à visualização desta semente do feijoeiro. Assim, foi cortada longitudinalmente toda a estrutura da semente, tendo-se assim uma boa percepção de toda a constituição do feijão. Os momentos de observação foram registados e o esquema de montagem efectuado, sendo estes de seguida apresentados.


Discussão dos resultados:

Ao longo desta experiência estudou-se o fruto e a semente e sobre estas duas estruturas e descobriu-se vastas informações.
Para nos ajudar a descobrir todas essas informações conta-se com a presença de dois amigos que serão muito úteis na descoberta de mais informações sobre o fruto e a semente.










A minha origem:

Os frutos originam-se a partir dos ovários das flores e intervêm de uma forma importante no ciclo de vida das angiospérmicas. Quando o ovo é formado, ou seja, quando ocorre a união de gâmetas, o óvulo fecundado desenvolve-se, originando a semente e o ovário da flor inicia um processo de desenvolvimento, crescendo, pela acção de mitoses e, embora menos incidente, de hormonas vegetais, alterando a sua estrutura, a sua cor e sabor. A este “ovário estruturalmente mais desenvolvido” dá-se o nome de policarpo, vulgarmente designado por fruto, contendo no seu interior a semente e o embrião em desenvolvimento.

A minha função:
O fruto tem como principal função a protecção da semente que normalmente se encontra no seu interior em desenvolvimento. O policarpo é constituído por um conjunto de substâncias nutritivas que asseguram um total desenvolvimento do embrião.

Quando a semente se encontra totalmente formada e desenvolvida, ocorrem mecanismos para a libertação das mesmas, assim, o fruto pode abrir-se e libertar a semente de uma forma explosiva, fazendo com que esta tenha um maior alcance, pode ainda libertar a semente pelo processo de amadurecimento, através da actuação de hormonas vegetais nesse processo, como por exemplo as auxinas, ou pode ainda ocorrer a intervenção de animais no processo de disseminação da semente. Como o fruto é constituído por diversas substâncias nutritivas, os seres aproveitam essa matéria na sua alimentação, assim, muitos deles, colhem os frutos das árvores e alimentam-se deles, libertando a semente para o solo, possibilitando a germinação desta. Cada vez mais são visíveis vários mecanismos adoptados pelas plantas para a disseminação das suas sementes, um fruto com um aspecto satisfatório é mais rapidamente escolhido pelos consumidores, e assim as suas sementes são mais rapidamente dispersas.

A minha constituição:
A constituição básica do fruto é a apresentada na imagem seguinte:

A parte mais externa do policarpo é designada por epicarpo, o qual se forma a partir da epiderme do carpelo, podendo ser rugosa, espinhosa, lisa, e é vulgarmente reconhecida como sendo a casca do fruto.
A parte intermédia é o mesocarpo, onde, normalmente, se acumulam grande número de substâncias de reserva. Essa região resulta do desenvolvimento do mesofilo carpelar.
A zona mais interna do fruto é designada por endocarpo e normalmente é a zona mais resistente, uma vez que se encontra mais próximo da semente. Esta zona provem do desenvolvimento da epiderme interna do carpelo, sendo normalmente muito espessa e rígida, de modo a assegurar uma maior protecção da semente.
Os frutos não são todos iguais, assim sendo, a estrutura destes varia, podendo existir frutos de aspecto diversos, por exemplo, na maioria dos frutos o mesocarpo é uma região suculenta, mas em outros frutos esta pode ser uma região muito seca. Com esta iminente diversidade de frutos é necessário proceder a mecanismos de classificação.











Classificação dos frutos:

Os frutos, devido à sua diversidade, podem ser classificados de acordo com diversos critérios.

Quanto à composição

Frutos Simples

Frutos Compostos

Os frutos simples são derivados de um único ovário de uma flor. (Ex: maçã…)

Frutos derivados de vários ovários. (Ex: morango…)


Quanto à abertura

Frutos Deiscentes

Frutos Indeiscentes

São frutos que se abrem de forma espontânea na maturação.

(ex: castanha)

São frutos que não se abrem espontaneamente quando maduros.

(ex: maçã)


Quanto ao tipo

Fruto Carnoso

Fruto Seco

São frutos que apresentam um pericarpo suculento.

(ex: laranja)

São frutos que apresentam um pericarpo geralmente seco.

(ex: noz)


Quanto ao número de sementes

Monospérmico

Polispérmico

Uma só semente.

(Ex: coco)

Mais do que uma semente.

(Ex: maçã)













Normalmente as pessoas confundem o termo “fruta” e “fruto”, ou seja, um alimento pode ser conhecido por fruta, mas na realidade não ser um fruto, ou pode mesmo ser conhecido como não sendo fruto, mas na realidade o ser. Por exemplo, o tomate é vulgarmente designado por legume, mas pelo facto de a sua estrutura ter sido desenvolvida através do ovário de uma flor, é considerado fruto.

A minha origem:
A semente gera-se a partir do óvulo, aquando da fecundação dos gâmetas, ou seja, o ovo é formado e o óvulo é desenvolvido, formando a semente, de modo a proteger o embrião e mais tarde facilitar o processo de germinação.

A minha função:
A semente desempenha um papel primordial na reprodução das plantas. Os animais, por exemplo, são capazes de procurar as suas condições mais favoráveis ao seu desenvolvimento, mas as plantas, incapazes de se locomoverem, não adquirem essa competência, pelo que necessitam de um mecanismo de dispersão dos seus futuros descendentes. A semente colabora na dispersão das sementes, possuindo, em alguns casos características aptas para esse procedimento, como por exemplo, a existência de sementes com estruturas semelhantes a asas.
Muitas vezes os mecanismos de dispersão das sementes são responsabilidade dos frutos, como foi anteriormente estudado, mas outras vezes a semente carrega essa função, sendo até, algumas vezes, um papel simultâneo destas duas estruturas. As sementes encarregam também um papel protector, protegendo o embrião de factores externos e assegurando o seu desenvolvimento, pelo fornecimento de nutrientes e proteínas indispensáveis ao seu crescimento até à idade capaz de sintetizar o seu próprio alimento. Em algumas sementes é desenvolvida uma parede espessa e muito resistente capaz de conceder uma maior protecção ao embrião e evitar uma supérflua perda de água.
Quando o embrião está totalmente desenvolvido, os nutrientes são consumidos na totalidade, pelo que a estrutura da semente fica cada vez menos aparente. Nestas condições e após um total período de desenvolvimento, o novo ser cresce e assegura-seassim a continuidade da espécie.

A minha constituição:
A constituição básica da semente do feijão é apresentada na imagem seguinte.
Para nutrir toda a estrutura do embrião é necessária, como já foi anteriormente referido, uma reserva de nutrientes e de proteínas, indispensáveis ao desenvolvimento do embrião. Essa reserva está presente nos cotilédones da semente, desenvolvida por um tecido denominado endosperma, podendo existir em diferentes unidades, dependendo do tipo de sementes.
Esses nutrientes e outros produtos sintetizados pela planta são transmitidos à semente através do hilo, estrutura oval e mais saliente.
O embrião é sem dúvida o ponto culminante dos constituintes da semente, é ele que vai dar origem, através de germinação, à nova planta e consiste num vegetal ainda muito precoce.
A parte externa da semente corresponde ao envolvimento do óvulo e designa-se tegumento. Corresponde a uma estrutura rígida, invólucro protector da semente.

Classificação das sementes.

Com um cotilédone

Com dois cotilédones

Sementes que apenas apresentam um cotilédone. (ex: feijão…)

Sementes que apresentam dois cotilédones. (ex: milho)


Sem endosperma

Com endosperma

Ex: coníferas…

Ex: feijão…















Existem sementes comestíveis, mas também existem sementes venenosas, e outras podem ainda ser utilizadas em diversas outras coisas, como por exemplo refrigerantes.
A semente mais antiga encontrada e que germinou foi a semente de tamareira e tinha 2000 anos de idade.

















Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vanilleae

http://pt.wikipedia.org/wiki/Semente

http://pt.wikipedia.org/wiki/Endosperma

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto

http://www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas_fruto.htm

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/hormonios-vegetais/hormonios-vegetais-4.php

http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgisSRq1jhn9UyOliWgFHvvZIisfaDB7J-T1_BjcX9u2swqhWxhTyhAlIU5lpdeApncq_Mex7Eu5IH7iQbsLz97G7aqyDIR1XgD3zX5bcKhh8SVbCt71-4WY_a7vfVmEdgJDU42w_jkblM/s320/040927-monkey.jpg&imgrefurl=http://rabiscosegatafunhos.blogspot.com/2008/11/histria-sexual-da-vida-de-um-homem.html&usg=__lQ6_gqeKoeNnc3faDaAVoEI2nhA=&h=227&w=302&sz=16&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=YI9FNaEQcZT0PM:&tbnh=129&tbnw=177&ei=pending&prev=/images%3Fq%3Dmacaco%2Ba%2Bcomer%2Bbanana%26hl%3Dpt-pt%26biw%3D1024%26bih%3D531%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&itbs=1&iact=rc&dur=461&oei=2otBTYe8I4ii8QO-xIn0Dw&esq=7&page=1&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0&tx=75&ty=66

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http://biofruto.blogspot.com/

http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU_bCfdHLqtVQ7tcEXwBHoemmjxk-2-96SAjclV0-FNEk_IzxOkwgxuRh2l88StTnOTdDd5K1cHOe5F9n8BiqC_Ss1uHJisQQ7lqDK2T8yhnb4va8lp1KEqK0WVR_jDTNu1wOLKIEQNScQ/s320/comendo_maca%255B1%255D.jpg&imgrefurl=http://elisandradepeso.blogspot.com/2010_07_01_archive.html&usg=__DYJJxdTQxmvOVr90ms5jzMXgM_I=&h=269&w=177&sz=15&hl=pt-pt&start=140&sig2=5ULxNs77m2Jf4p9_LRW5aQ&zoom=0&tbnid=kTpAo27FR6f5-M:&tbnh=112&tbnw=73&ei=6zhNTZe3LZDW4ga9lpmoCQ&prev=/images%3Fq%3Dcomer%2Bma%25C3%25A7a%26hl%3Dpt-pt%26biw%3D1024%26bih%3D531%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:10%2C3306&itbs=1&iact=rc&dur=237&oei=yThNTYPdEI3usgbo9JCpDw&esq=9&page=9&ndsp=18&ved=1t:429,r:5,s:140&tx=60&ty=52&biw=1024&bih=531